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Testemunho de Santidade – CNBB Sul 3

Beatos Pe. Manuel Gómez González e Adílio Daronch

Na Igreja conhecemos pessoas que doaram suas vidas, como Jesus. Aqui no Rio Grande do Sul, temos exemplos de mártires que derramaram seu sangue por amor a Jesus, por fidelidade à fé cristã e por não temer em seguir o mandamento do amor. É o caso do Padre Manuel e do coroinha Adílio. Vamos olhar para o quadro deles e conhecer a história de seu martírio

O Padre Manuel Gómez González nasceu na Espanha, em 1877. Chegou ao Brasil em 1913, onde trabalhou nas paróquias gaúchas de Soledade e Nonoai, onde evangelizou com esmero e dedicação até 1924.

Adílio Daronch nasceu em Dona Francisca, em 1908, mas em 1912, sua família transferiu-se para Nonoai. A família de Adílio se destacava na prática da caridade e colaborava muito com o Padre Manuel, ajudando-o nas missas.

Pelo ano de 1924, ocorreu um conflito na região e foram mortos alguns homens. Os assassinos não queriam que fossem sepultados, pois deveriam ficar à sorte dos animais. Pe. Manuel, porém, exercendo uma obra de misericórdia, enterrou aqueles mortos e abençoou suas sepulturas. O ato provocou a ira dos assassinos. Em 21 de maio daquele ano, enquanto viajavam para a cidade de Três Passos, Pe. Manuel e coroinha Adílio, foram raptados e assassinados por aqueles malfeitores. Em meio à mata, os dois foram amarrados a árvores e alvejados por disparos de arma de fogo. Após o ocorrido, os fiéis que foram até o local da morte do padre e do coroinha contam que os corpos estavam preservados e não haviam sido tocados pelos animais da floresta e não apresentavam nenhum outro sinal de violência além das marcas dos disparos.

 O padre e o coroinha foram sepultados em Três Passos e, anos mais tarde, os seus restos mortais foram transladados para Nonoai, onde existe o Santuário Nossa Senhora da Luz, para acolher os fiéis. Ambos foram beatificados em 2007 pelo Papa Bento XVI.

Neste mundo marcado por luzes e trevas, há quem não aceite a mensagem de Jesus Cristo. O amor de Deus continua sendo rejeitado por aqueles que preferem a ganância, a fama, o poder, o aparecer e outras ambições que matam a vida.

 

Como o exemplo do Pe. Manuel e do coroinha Adílio nos ensinam a defender sempre a vida e não temer nem mesmo a morte para viver como Jesus viveu?

Fonte: CNBB Sul 3

 

 

 

Comentário (1)

  1. Responder
    Hilda Viater diz:

    Pe. Michel De Coch, veio para Nonoai resgatar a memoria de Pe. Manoel e Adilio. Lutou muito para que estes Mártires não fossem esquecidos. Foi pessoalmente em um gipe retirar os restos mortais destes Santos Mártres e os trouxe para Nonoai. Com este gesto a paroquia se uniu mais em orações e iniciou se as Romarias, desenvolvendo a cidade financeiramente e na fé. Intimidando os malfeitores da região. Hoje, para a tristeza da gente que viu esta Historia, que acompanhou.a passo a passo, vemos a propria Diocese anulando aquele que iniciou, que tanto lutou, nem sabia falar o português, enfrentou inclusive fome, pois chegou em Nonoai com 80 quilos, em pouco tempo ficou com 56 kg. Ficando em Nonoai trabalhando por esta terra, estes fiéis, a causa dos Mártires, por mais de 25 anos. Hoje as Romarias passando para a cidade de Frederico. Falta de consideração com o desbravador Pe. Michel! A imagem original da Padroeira Nossa Senhora Da Luz que se encontra à direita na entrada da Paroquia em Nonoai, imagem pequena, Pe. Michel a trouxe da Bélgica, cuja Nação ajudou financeiramente a Paroquia de Nonoai através de Pe. Michel, que era de familia nobre da Bélgica e amigo da então Rainha Fabíola e Rei Balduino. Visto o Santuário dos Mártires e não encontro nenhuma menção de agradecimento a este não menos Santo que tanto lutou para que Pe. Manoel e Adilio não continuassem esquecidos. Pe. Miguel, assim chamado em Nonoai dizia, ‘aqui deixo meu suor, mas não deixo meus ossos aqui’. Eu e minha tia que ainda vive em Planalto trabalhamos com Pe. Miguel e vemos com tristeza esta falta de consideração. Deve ter ai da pessoas da época que vivenciaram a luta que foi. Gervasio, de Rio dos Indios, o Jango, acho que era da prefeitura que as vezes levava Pe. Miguel nas capelas pelo interio, estradas de chão, lama, mato, etc… Esta luta foi para pessoa de muita coragem. Para quem chegou e achou tudo pronto é comum não dar valor, mas esta atitude dentro da Igreja, entre os Religiosos? Inaceitável, lamentavel!

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