Uma relíquia de 1º grau dos Beatos Manuel e Adílio, patronos da Diocese de Frederico Westphalen, foi entronizada na Catedral de Chapecó, no dia 17 de novembro, durante a Santa Missa das 19h. A relíquia foi levada pelo Padre Tiago Wollmann, pároco da paróquia Nossa Senhora da Luz de Nonoai e do Santuário dos Beatos Manuel e Adílio.
A veneração de relíquias é uma das tradições mais fascinantes na Igreja católica. Uma relíquia é parte do corpo de um santo ou objetos que estiveram ou foram usados por estes, aos quais os católicos, prestam veneração ou reverência.
A palavra relíquia tem origem no latim reliquiae, que significa fragmento.
A Igreja estabeleceu três classificações de relíquias:
Primeira classificação – também chamadas de primeiro grau, são parte do corpo de um santo (fragmento de osso, unhas, cabelo etc.).
Segunda classificação – objetos pessoais de um santo (roupa, cajado, os pregos da cruz, e outros).
Terceira classificação – inclui pedaços de tecido que tocaram no corpo do santo ou no relicário onde uma porção do seu corpo está conservada.
O costume das relíquias dos santos vem desde os primórdios do cristianismo. Primeiramente os mártires foram cultuados; o povo de Deus recolhia seus corpos e os sepultava com reverência. As sepulturas dos mártires eram visitadas por peregrinos; muitos queriam ser sepultados junto a um mártir, pois julgavam que este intercederia ainda mais por eles no Céu.
As relíquias tem um valor muito bonito, pois a Bíblia nos ensina que Deus age através delas, especialmente em termos de cura, como podemos ver nos acontecimentos narrados em 2Re 13,20-21; Mt 9,20-22; At 5,15; e At 19,11-12.
Do mesmo modo, é importante entender que as relíquias não são mágicas. Não contém um poder próprio, um poder separado de Deus, mas o Senhor as usa como um meio para realizar os seus milagres porque quer chamar a nossa atenção para os santos como modelos e intercessores.